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SERIA A CARNE CULTIVADA O FUTURO DA ALIMENTAÇÃO?

Mais do que carnes à base de plantas, as carnes cultivadas vão além e prometem ser o próximo passo no consumo de carne - para carnívoros -.




Produzidas a partir de uma amostra celular de um animal vivo, retirada de forma indolor e com a garantia de que o animal seguirá a viver sua vida normalmente. Essa amostra é artificialmente alimentada com os mesmos nutrientes de um corpo animal, e assim como uma planta, ela cresce até formar pedaços inteiros de carne. Mesmo sabor. Mesmo preparo.



De maneira clara, vamos aos principais pontos positivos do produto:



001 Menor agressividade ao planeta Terra:


Mesmo o consumo de carne estando diretamente ligado às questões climáticas, existe um número considerável de pessoas que não deixará de consumir carne.


O método de carne cultivada emite 96% a menos de CO2 e utiliza menos 45% de energia elétrica, quando comparado ao método tradicional.


Sendo assim, a parcela carnívora seguirá sendo atendida, porém, de maneira menos agressiva ao meio ambiente.




002 + nutrientes


Para Ylmez Bora da marca PRIMEVAL Food, atualmente o tipo de carne que consumimos está diretamente conectado à nossa capacidade de domesticar o animal, e não, como sendo uma escolha baseada em fonte de nutrientes.


Através da prática do cultivo de carne poderemos como sociedade ter acesso a carnes com nutrientes mais complexos, como por exemplo, carne de leão, carne de crocodilo, ou, de hipopótamo.


Ressaltando mais uma vez o comprometimento desse segmento em não possuir animais em cativeiro ou praticar maus tratos, eles entendem que atualmente o sucesso do projeto depende das boas práticas.





003 Menos malefícios


O processo permite chegar a um resultado único de proteína, isentando o colesterol e gordura saturada.




004 Experiência Personalizada


Cada região poderá ter um produto diferente conforme as preferências de consumo da região. Por exemplo: a Itália poderá consumir um tipo específico de suínos, os EUA búfalos, a China de tartarugas e o Brasil a carne de gado.



Pode-se ir além e pensar nas carnes exóticas fabricadas pela PRIMEVAL Foods e neste contexto ficaria: Itália consumiria carne de porco espinho, EUA de urso, China de tigres e o Brasil de jacaré.



Tudo isso sem encostar um dedo nestes animais.




Menor Utilização de Terra


A carne é cultivada em ambiente controlado, uma espécie de estufa, sendo assim, ela representa 99% a menos de utilização de terra.


Quando trazemos este recorte para o Brasil é importante pensarmos nas situações tensas de grilagem que acontecem na Amazônia para o cultivo de gado e soja, somente em fevereiro de 2022 fora registrado o desmatamento de 198,67 km² de áreas desmatadas.




O Reino Unido vem sendo um forte pioneiro no incentivo da prática com várias startups nascendo na região, entre elas, a CellulaREvolution uma parceria entre o governo e a Newcastle University, recentemente o projeto arrecadou 1,25 milhão de libras em uma rodada de investimentos.





Pontos de Atenção:


  1. A iniciativa tem causado uma certa polêmica quando o assunto são as carnes exóticas. A ideia de comprar uma bandeja de carne de zebra tem causado desconforto mesmo ela não sendo ‘real’, no caso, mesmo não tendo causado uma morte. Isso acontece porque as pessoas sentem que poderiam estar incentivando o consumo de animais selvagens.


  1. Os empregos no campo se tornarão cada vez mais escassos, para um país como o Brasil que tem regiões que sobrevivem da pecuária é importante ficar atento em como remanejar estes trabalhadores.






Parece uma realidade distante mas não é


As empresas estão correndo contra o tempo para que suas carnes comecem a chegar em restaurantes e supermercados. Com a agilidade da globalização na era da hiperconectividade logo a novidade chegará ao Brasil, naturalmente o início será mais tímido, reservado a alguns poucos lugares e bolsos, porém, com o tempo a tendência é se popularizar, o plano dos caras é que até mesmo foodtrucks venham a ter acesso aos seus produtos.


Os empresários estão otimistas com o mercado e enxergam uma oportunidade para diversos tipos de carnes, não somente as cultivadas, mas também, as à base de plantas e as à base de fermentação natural, assumindo o papel de maioria nas prateleiras de supermercado, invertendo a lógica atual. Para eles a carne tradicional não deixará de existir, porém, será a minoria disponível nas prateleiras e de valor mais elevado devido aos seus custos de produção.



Por fim, o ramo enxerga essa movimentação como a nova revolução desde a descoberta da roda, afinal, são seres humanos criando um ‘animal’ sem precisar do animal em si.


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